O fim
do Fantasma
Glaucio
Cardoso
Canal
Fantasma Brasil
Desde que assumiu os roteiros das
aventuras do Fantasma, após a morte de Lee Falk em 1999, Tony DePaul tem lidado
com o duplo desafio de manter-se fiel ao cânone do personagem, estabelecido por
seu criador ao longo dos 63 anos em que este escreveu suas aventuras, e ao
mesmo tempo propor novas aventuras capazes de renovar constantemente o
interesse dos leitores. Por vezes, DePaul tem escrito algumas histórias
bastante mornas e corriqueiras, como o próprio Falk, que se alternam com outras
intensas e de grande impacto no mundo do herói.
As histórias que compõem o arco O
fim do Fantasma pertence a esse segundo grupo. Não é a primeira vez que
DePaul escreve histórias consecutivas que podem ser entendidas como um arco
único, sendo o mais famoso aquele que se iniciou com “A morte de Diana Palmer
Walker” e que durou de 24 agosto de 2009 a 7 de maio de 2011 e cujas
consequências ainda ecoam nas atuais aventuras do Espírito que Anda. Com O
fim do Fantasma, entretanto, Tony DePaul criou o mais longo arco do
personagem. As 8 histórias que o compõem foram as seguintes:
- Destruição e ruína em Gravelines
(24/05 a 23/10/21);
- A Crônica do Velho Mozz (25/10/21 a
15/01/22);
- Morte nos Himalayas (17/01 a
16/04/22);
- O fim do Fantasma (18/04 a 01/10/22);
- A fuga (03/10/22 a 11/02/23);
- Masmorras desfeitas (13/02/ a
16/09/23);
- A viagem para casa (18/09/23 a
13/01/24);
- A corrente (15/01 a 08/06/24).
A história traz alguns elementos
inovadores para as aventuras do Espírito que anda, não darei nenhum spoiler,
e de acordo com o próprio roteirista foi escrita como uma linha do tempo
alternativa, em função de algo que ele tem pensado: o fim dos jornais
impressos. Para DePaul, a diminuição dos periódicos em formato impresso poderá
acarretar o fim das tiras de aventura e, por isso, ele gostaria de ter a
sensação de que contou aos leitores como terminariam os dias do 21º Fantasma.
Funcionou? Deixemos que os leitores julguem.
Ao longo dessas histórias, nós nos
preocupamos com o Fantasma, torcemos por ele, vibramos com suas vitórias e…
também nos entristecemos.
Quatro artistas se revezaram neste
arco. Mike Manley, que já ilustra as tiras diárias do Fantasma desde 2016, fez
a maior parte da arte; porém teve de se afastar algumas vezes por motivos de
saúde, sendo sucedido por Scott Cohn, Bret Blevins e Jeff Weigel, que já assina
as tiras dominicais desde 2017.
Os leitores costumeiros do Fantasma
encontrarão horas de diversão ao acompanhar este ciclo de aventuras repleto de
referências a histórias anteriores e cheio da mais pura diversão.
Boa leitura.
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