MARIA QUITÉRIA
“A PALADINA DA INDEPENDÊNCIA”
O Brasil acabara de proclamar
sua independência, sob o governo do príncipe D. Pedro I, (1822). Mas em alguns
pontos do país, como a Bahia, havia tropas militares e civis que insistiam em
ser fiéis às ordens de Lisboa.
Nas ruas de Salvador, os soldados
brasileiros trocavam socos e pontapés
com os soldados portugueses.
Foi por essa época que o
comerciante português Gonçalo de Almeida recebeu para jantar em sua casa um
viajante de ideias liberais que, entusiasmado, falava das lutas do povo em
favor da liberdade.
Será que o velho Gonçalo não
estaria interessado a se unir a eles?
O velho Gonçalo não, mas sua
filha sentia no coração pulsar em seu peito... queria partir para a guerra ,
lutar ao lado dos patriotas! Afinal,, sabia atirar bem, sabia lidar com armas e
nunca se interessará em fiar e bordar, tecer, costurar e cozinhar, essas coisas
que os homens reservavam para as mulheres.
Insistiu com o pai pedindo sua
permissão para alistar-se nas fileiras dos libertadores, mas não obteve seu
consentimento.
A moça entretanto, não
desistiu tão facilmente. Foi até a casa da irmã casada, que lhe emprestou as
roupas do cunhado. no dia seguinte, parte com o pai para Cachoeira, Vila do Recôncavo Baiano, onde D. Pedro I acabara de
ser aclamado Regente e Defensor Perpétuo do Brasil.
Enquanto o pai tratava de
negócios, a filha Quitéria de Jesus desapareceu. Alguns dias depois, Medeiros,
um novo soldado, assentava praça no quartel
SOLDADO MEDEIROS
Maria Quitéria, o soldado Medeiros
Desconfiado das intenções da
filha, Gonçalo pede ao comandante das tropas brasileiras que a localize. Mas
entre seus colegas do batalhão de artilharia, seu disfarce ainda não fora
descoberto.
Maria foi finalmente encontrada,
e recusa-se terminantemente a abandonar as armas. Então, os milidares a transferem
para a infantaria, após concluírem que “um fuzil é mais apropriado para uma
mulher do que um canhão.” Feliz da vida, Maria entra no batalhão de caçadores
chamados Voluntários do Príncipe D. Pedro, que ficaria conhecido como
Periquitos, por causa da golas e punhos verdes da farda.
Durante as batalhas, todos
observam a coragem do soldado Medeiros, invadindo trincheiras , fazendo
prisioneiros, defendendo a terra onde nascera. Ninguém conseguia acreditar que
aquele soldado tão bravo, que diariamente arriscava a vida num campo de
batalha, fosse uma mulher!
Maria Quitéria de Jesus foi a
primeira mulher engajada no exercito e que participou de combates em 1823.
Só 120 anos depois as mulheres
começaram a ser admitidas no exercito, e para o corpo administrativo, e corpo
médico.
Como podemos observar apesar de terem passados mais de 100 nos
a única mulher a participar de combates militares continua sendo Maria Quitéria
de Jesus, realmente uma verdadeira:
HEROÍNA DA VIDA REAL.
Maria Quitéria de Jesus, foi homenageada com uma grande estatua
em praça publica