DEFENSORES DA TERRA: FANTASMA, MANDRAKE E FLASH GORDON EM 2015
Do nosso colaborador: Kall
O ano de 2015 foi simbólico para o calendário nerd não
apenas por causa da chegada de Marty McFly e Doc Brown (De Volta para o
Futuro); diretamente de um passado não muito distante. 2015 também era o
ano em que se passava uma das séries de desenhos animado mais
marcantes dos anos 1980.
Defensores da Terra (Defenders of the Earth) estreou
nos Estados Unidos em setembro de 1986. A série sci-fi transformou
quatro personagens clássicos dos quadrinhos em uma inusitada equipe de
super-heróis reunida por Flash Gordon para combater Ming, o imperador do
planeta Mongo, que estava prestes a exterminar a raça humana.
A equipe dos Defensores da Terra e seus filhos.
Juntar na mesma frigideira o herói intergaláctico, o
justiceiro das selvas africanas e o mágico de fraque e cartola em aventuras de
ficção científica já soava por demais estranho aos fãs antigos dos personagens.
Mas havia outras extravagâncias em Defensores da Terra, como os novos
poderes do Mandrake (ele passou a ser um mago de verdade e não mais um
hipnotizador), os armamentos high-tech do Fantasma e o Imperador Ming
sem as feições asiáticas, só para citar algumas mudanças significativas.
Para completar, os heróis ganharam filhos adolescentes
que os acompanhavam nas aventuras, num claro apelo dos produtores para ganhar
de vez o público infanto-juvenil. Rick Gordon, L. J. (filho de Lothar), a
telecinética Jedda (a filha do Fantasma, que bem poderia se chamar Heloise,
como nos quadrinhos) e Kashin, adotado por Mandrake, completavam a equipe, que
ainda tinha como mascote o esquisito Zully, um animalzinho de espécie e raça
indefinidas.
Apesar da “heresia” aplicada às crias de Lee Falk,
pode-se dizer que Defensores da Terra prestou um grande serviço ao
Fantasma e a Mandrake. Não só porque foi a primeira vez em que apareceram numa
versão animada, mas pelo fato de que eles tiveram a oportunidade de angariar
fãs de novas gerações e, assim, renovar sua permanência no panteão dos ícones
da cultura pop.
Lothar, Flash Gordon e o Fantasma.
Os 65 episódios de Defensores da Terra criaram
uma febre passageira em torno dos personagens e ajudaram a vender muitos
produtos licenciados, principalmente bonecos articulados e jogos de videogame.
E, diga-se de passagem, o Fantasma nunca havia estampado tantas embalagens de
badulaques em prateleiras de lojas de departamento.
Curioso é que o gibi baseado na série, lançado pela Marvel nos
Estados Unidos, não teve nem um lampejo desse sucesso. Foram apenas quatro
edições – sendo a primeira lançada em dezembro de 1986 (com data de capa de
janeiro de 1987) -, escritas por Stan Lee e Michael Higgins, com
desenhos de Alex Saviuk e Fred Fredericks.
Os Defensores da Terra em ação.
Produzido pela Marvel em parceria com a King
Features, o desenho animado estreou no Brasil em 1987, no programa infantil Show
Maravilha, do SBT. E para os fãs brasileiros, a animação acabou se
tornando um marco: ali, a cor original do uniforme do Fantasma foi exibida pela
primeira vez ao grande público.
Graças a isso, os quadrinhos do personagem
publicados aqui pela Editora Globo tiveram que se render à verdade
“escondida” de todos e, em menos de dois anos, os gibis finalmente abandonaram
a cor vermelha e deram boas-vindas ao roxo da roupa do “Homem que Nunca Morre”.
Postagem original: Universo HQ, por Marcos Ramone.
Você poderá ler esta minissérie “Defensores da Terra”, em quadrinhos exclusivo em português aqui no blog Fantasma Brasil.
Você poderá ler esta minissérie “Defensores da Terra”, em quadrinhos exclusivo em português aqui no blog Fantasma Brasil.
Defensores da Terra # 1
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