quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

CURIOSIDADES SOBRE O FANTASMA



Olá pessoal temos mais um texto das curiosidades sobre o Fantasma.
O Fantasma encontra o Superman, em frente à Caverna da Caveira...

Apresentamos hoje uma fanfic. Antes, uma breve explicação do significado sobre essa palavra estranha. Fanfic é uma forma abreviada para o termo em inglês "fan fiction", ou seja, uma ficção escrita por um fã. As fanfics são bastante comuns entre as comunidades de fãs de certos personagens, seja de mangás (quadrinhos japoneses), filmes, seriados, e personagens de histórias em quadrinhos.

É o caso dessa fanfic que trazemos hoje. Ela foi escrita por um fã húngaro, conhecido como Regnar. Além do texto em prosa, que segue abaixo, foi produzida uma ilustração para esse conto. A arte foi feita por Paul Ryan. A tradução do húngaro para o inglês foi feita por Talgaby, com edição de Micho. Com exceção do desenhista, que é norte-americano, todos os demais citados são húngaros. E a tradução para o português foi feita por Kall, que é brasileiro.

Cabe aqui lembrar que essa não é uma obra oficial, nem da King Features e nem da Warner, que são as empresas proprietárias dos direitos econômicos dos personagens Fantasma e Superman, respectivamente. Trata-se apenas de um exercício de imaginação feita pelos fãs, com o objetivo de prestar uma homenagem aos personagens que tanto gostamos.

Segue abaixo o texto do conto:

FANTASMA & SUPERMAN
PROSA EM CINCO MINUTOS
FEITA POR FÃS HÚNGAROS

Localização: A Floresta Negra, lar do Fantasma, em frente a Caverna da Caveira. Os nativos estão reunidos em uma celebração em homenagem ao Espírito Que Anda. O Fantasma se sente tocado, ele caminha devagar, e majestosamente entre seus leais amigos e seguidores. Ele vai até o trono esculpido em pedra e ornado com caveiras, senta-se e abaixa a cabeça por um segundo. O amor que o rodeia o envolve e penetra vagarosamente sob suas roupas, sua pele, e alcança o seu coração. Pequenas lágrimas poderiam ser vistas sob sua máscara. Mas ele não mostra nenhum sinal de fraqueza. Ele respira profundamente, e então eleva sua cabeça. A multidão começa a entoar um cântico: "Fan-tas-ma, Fan-tas-ma, Fan-tas-ma"!
Naquele exato momento, um brilho azul surge riscando o céu. Os nativos olham para cima, e de repente tudo fica em silêncio. Um estrangeiro alto, musculoso e de boa aparência desce dos céus, com uma capa vermelha e esvoaçante às suas costas. As jovens garotas da tribo suspiram umas às outras, com os olhos brilhando. O homem chega ao solo, próximo ao trono. O Fantasma se levanta. Os dois homens se fitam, com um olhar fixo um ao outro, por um momento que parece ser uma eternidade. Os nativos, lentamente, recuam alguns passos para trás.
"Quem é você?", pergunta o Fantasma, embora ele ainda mal possa acreditar em seus olhos - um homem que pode voar...
"Meu nome é Superman. Vejo que você se oculta atrás de uma máscara, para proteger sua identidade...", responde o homem alto, enquanto ele observa o Fantasma de cima a baixo.
"Meu nome é Espírito Que Anda. O que o trás até os meus domínios? Se estiver planejando um ataque, pode esquecer. Essa tribo está sob a minha proteção e...", diz o Fantasma. Mas nesse momento, uma pequena criança aparece, vindo de dentre os homens da tribo. Ele corre até o Superman, seus olhos bem abertos: "Senhor, você pode voar?" - ele pergunta, com sua incrédula voz infantil.
"Sim, e eu posso fazer muitas outras coisas também..." - responde o homem voador. O garoto então volta seu olhar em direção ao Fantasma. "Oh, Espírito Que Anda, você também pode voar?"
O Fantasma fica em silêncio por alguns segundos. Por baixo da máscara, seus olhos estão olhando ao redor, mas finalmente ele responde à embarassante pergunta. "Err... não." Ele soltou a última palavra muito rapidamente. A multidão começa a cantarolar baixinho.
Então, de repente, um homem avança com uma lança na mão, em direção ao Superman. O Homem de Aço desvia-se de seu caminho em uma fração de segundo, e com isso o homem corre em direção ao nada, e cai. Um alto "Uau!" pôde ser ouvido entra as pessoas. O rapaz fica confuso. Pode-se ver em sua face, uma expressão de não estar entendendo nada, ao mesmo tempo em que ele pensa profundamente. Então, de repente, ele pega uma pedra do chão, a maior que ele consegue segurar, e a atira. Ele mira exatamente na testa do Fantasma. O homem confuso poderia ter se esquivado por instinto em seus melhores dias, mas agora ele recebe o ataque surpresa bem entre os olhos.  "AAaiii, seu...", ele grita com raiva, mas sua mente clareia, e ele countinua a frase somente em sua cabeça. Então ele começa a se sentir tonto, leva a mão à cabeça, e sente a sua visão se confundir. A tribo assiste o herói balançando com terror, enquanto ele mesmo parece comentar algo sobre os acontecimentos, mas sem dizer uma palavra, só com os lábios em constante movimento. O comovente zumbido vai se tornando mais forte no meio da multidão. O homem com a lança, que estava sentado no chão, ainda surpreendido, agora se levanta e empurra sua lança nas costas do Superman. Ou, é o que ele desejava, enfiar-lhe a arma. Porém, a lança quebra em pedaços assim que toca o corpo do homem. Pode-se ouvir altos "Uau" e "Huuu" da multidão, enquanto as meninas estão torcendo.
Enquanto isso, a visão de Fantasma está começando a clarear, e ele percebe, que o rapaz tira o arco de suas costas. Em seguida, de repente, ele lança uma flecha, que atinge a panturrilha de Fantasma.
"Ai-ai-ai, seu..." O Espírito Que Anda mais uma vez interrompe a frase, enquanto pula em uma perna só.
Ele ainda se sente tonto devido ao arremesso da pedra, mas está tentando puxar a flecha de sua perna, que passou, pelo menos, um centímetro de profundidade.
A multidão se move como um só. Todos caem de joelhos diante de Superman. Começam a se curvar para baixo, enquanto cantam: "Fan-err... Su-per-man, Su-per-man, Su-per-man, Su-per-man..."
O Fantasma, completamente humilhado, sangrando de seus ferimentos, alonga os braços e grita, esquecendo a sua dor por um segundo. "Ei, pessoas... eeeii! Eu sou o Espírito Que Anda! Vocês vão adorar este tolo vestido de azul, em vez de a mim? Esqueceram-se de todas as coisas boas que eu fiz por vocês? E você, seu arruaceiro com um "S" no peito? Quem você pensa que é, vindo aqui, interrompendo os meus assuntos? Eu tinha um bom trabalho ao longo de toda a vida aqui. Comida, quartos, tudo o que eu precisava. Eu tinha um contrato com os moradores, que teria durado até o fim dos meus dias. Não vou deixar você estragar tudo isso..."
E o Fantasma, completamente enfurecido, decidiu mostrar para aquele bufão de capa, o que é a verdadeira lei da selva. Ele levanta sua mão direita, e então ataca com toda a sua força.
"Hmm, estranho. Nunca vi nada como isso antes. A pele dele é como a pedra, o meu anel se partiu, provavelmente ainda quebrou-se em pó, e talvez até a minha mão esteja quebrada. Foi como tentar perfurar o concreto..." pensa o Fantasma, antes da dor atingir seu cérebro. "Ai, yaw, aiii", ele grita, enquanto ele está pulando em uma perna, com uma de suas mãos apertando o ferimento da testa, enquanto a outra é mantido debaixo do braço, para tentar aliviar a dor de alguma forma.
A multidão, que estava assistindo todo esse tempo, agora começa a cantar de novo, ainda mais alto. "SU-PER-MAN, SU-PER-MAN!!" O rapaz, que é responsável pela queda do Fantasma, vai devagar ao trono em forma de caveira, onde o Fantasma se senta novamente.
"Espírito Que Anda, por que você não vai embora?" Está tudo acabado.
Um mundo quebrou dentro do Fantasma. "Por que eu?!", grita ele. Mas os membros da tribo estão levando o estranho vestido de azul em seus ombros. Só Guran ainda segue o torturado herói. Ele está segurando uma antiga crônica dos Fantasmas na mão. "Aqui, tome isso com você. Nosso novo protetor terá a sua própria crônica." Ele dá o livro grosso ao Fantasma, que lentamente se levanta, e parte em direção à selva.
"Pelo menos ele poderia ter dito um 'adeus'..." pensa Guran para si mesmo. Mas, em seguida, ele esquece esse pensamento, e vai para a Caverna da Caveira, onde todos estão comemorando, junto ao seu mais novo protetor.
Enquanto Guran está a caminho, ele tira de entre os pertences do novo protetor, um novo livro, é a crônica do novo protetor. Parecia incrível. Aquele livro mal tinha qualquer texto, tinha principalmente fotos. "Este Superman parece ser realmente bom...", pensa Guran consigo mesmo. "Tudo o que resta agora é aprender seu nome real, porque essas letras, essa sigla está na capa de todas as suas crônicas. É DC."

Agradeço ao amigo Kall por esta bela colaboração.


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