De onde vem o grande carisma do Fantasma?
Para os novos leitores que chegaram depois, o Fantasma Brasil trás uma releitura da conhecida origem deste grande herói criado por Lee Falk.
De onde vem o carisma deste grande herói conhecido por milhões de pessoas em todo o mundo, que em alguns países atingiu a marca de 70 anos de publicação com mais de 1500 edições ininterruptas; fazendo muito mais sucesso que no seu país de origem os Estados Unidos da América?
Talvez esse carisma venha do clima criado pelo ambiente das selvas que remete os leitores aos mistérios das regiões da África com suas tribos e animais selvagens, que fascinam principalmente os habitantes dos países de regiões que não possuem florestas tropicais. E também da diferença entre o Fantasma e a maioria dos heróis dos quadrinhos, que apesar de sua força e astúcia, ele nada tem de invulnerável. Embora seja conhecido como o “Espírito que Anda” ou o “Homem que não Morre”, ele nada tem de imortal: na verdade, trata-se de uma dinastia de justiceiros mascarados, quando um Fantasma morre, ele deve ser sucedido pelo seu filho.
Essa dinastia surgiu na época das Grandes Navegações, quando o sobrevivente de um ataque de piratas chineses a um navio inglês naufragou em Bengala e foi socorrido pela tribo dos pigmeus Bandar. Após encontrar na praia o corpo do pirata que assassinou seu pai, o náufrago britânico jura sobre a caveira do assassino do pai combater a “pirataria sob todas as formas”. Nesse mesmo juramento, o náufrago também diz que seus descendentes seguiriam seus passos.
A origem do Fantasma no belo desenho de Jim Aparo
O nome desse náufrago era Sir Christopher Standish, mas em versões posteriores da história, todos os Fantasmas passaram a ter o mesmo nome: Kit Walker. Essa história foi contada pelo 21º Fantasma à Diana Palmer, uma jovem da alta sociedade americana. Cada Fantasma deve revelar essa história à mulher com quem pretende se casar e como os Fantasmas jamais são rejeitados, Diana aceitou se tornar noiva do misterioso mascarado.
O 21° Fantasma conta a origem de sua dinastia a Diana Palmer
Aliás, Diana, com quem o Fantasma de fato se casou numa história publicada em 1978 (o noivado foi longo, ainda bem que os heróis dos quadrinhos envelhecem devagar) era a mulher ideal para se casar com o herói: diferentemente das “mocinhas” de outros quadrinhos, Diana além de bonita era inteligente, corajosa, conhecia defesa pessoal e estava sempre envolvida em causas humanitarias.
A deslumbrante Diana Palmer a esposa ideal para o Fantasma
É isso meus amigos, temos ai uma abordagem diferente da origem do nosso grande herói O Fantasma, genial criação de Lee Falk.
Até o nosso próximo "curiosidades" e não esqueçam de deixar seus comentários, abraço a todos.
Sabino
Legal essas explicações sobre o grande Fantasma....esclarece muitas duvidas que aparecem...parabens amigo!!
ResponderExcluirBeleza amigo chesco36, a idéia era mostrar a origem do Fantasma por um outro angulo.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário e uma abração
Sabino
Muito bem, amigo Sabino.
ResponderExcluirMais uma bela matéria acerca do nosso fantástico Fantasma.
Eu creio que, e falo por mim, o encanto do Fantasma vem do clima de mistério que, desde o início, foi criado à sua volta. Não própriamente mistério para o leitor, mas sim para todos os personagens que giram à sua volta.
O Fantasma nunca erra o alvo. É capaz de enfrentar o mais forte. Leva tiros e facadas de que recupera fácilmente, ou pelo menos com aparente facilidade. Mas, tudo isto sem perder a sua humanidade, sem que dê a ideia de super poderes ou algo que o valha. Apenas muito treino e uma constituíção física invejável.
A acrescenter a isto, temos os Bandar com as suas setas envenenadas. Temos os ditos da selva, para mim excepcionais.
O Fantasma cria à sua volta, e cultua, um clima de mistério, quase que de sobrenatural, conseguindo Lee Falk e os outros guionistas do Fantasma, não quebrar este clima e ao mesmo tempo não esconder a realidade aos leitores. O mesmo se passa um pouco com a outra magistral criação de Lee Falk, o Mandrake, com os seus truques de ilusionismo.
Desculpem-me se me alonguei um pouco, mas senti necessidade de compartilhar convosco o que penso sobre o assunto.
Bem haja amigo Sabino por me dar esta oportunidade. Um bom Fim-de-Semana para todos.
Luis
Parabéns amigo Luis pela brilhante explanação sobre o nosso querido herói mascarado.
ResponderExcluirSua análise foi brilhante, feita por uma pessoa que conhece bem a psicologia do personagem, e o contexto do escritor (Lee Falk).
Fico contente de saber que os nossos artigos inspire os nossos amigos a fazerem as suas bela reflexões a respeito do "Espírito que Anda".
Obrigado pelo seu belo comentário e um ótimo fim de semana.
Sabino