terça-feira, 19 de julho de 2011

GRANDES CLÁSSICOS DOS QUADRINHOS MUNDIAIS - II




Seria impossível se falar em clássicos dos Quadrinhos Mundiais sem citar o nome de um grande ilustrador americano e sua obra imortal.
Como todos já devem imaginar estamos falando de Hal Foster e sua obra maior: Príncipe Valente.
Mas, quem foi este grande mestre dos quadrinhos, e como se desenvolveu a trajetória de sua obra imortal?

Hal Foster trabalhando numa das páginas dominicais

Harold Rudolph Foster - Hal Foster, o criador de Príncipe Valente nasceu em Halifax, Nova Escócia, em 16 de agosto de 1892. Em 1921, já com 29 anos, Foster começou a estudar em Chicago no Instituto de Arte e na Academia de Desenho daquela cidade. Findos os seus estudos, Foster começou de imediato a trabalhar como ilustrador publicitário. A qualidade dos seus trabalhos levou-o a ser convidado para ilustrar em quadrinhos o livro de Edgar Rice Burroughs: Tarzan of the Apes.


As belas ilustrações de Tarzan feitas por Foster

 Sete anos depois, em 1936, Foster começou a se cansar de ilustrar as histórias que lhe eram confiadas e sentir a necessidade de algo diferente: foi assim que em Fevereiro de 1937 veio à luz o seu “Príncipe Valente“.


A primeira aparição do Principe Valente foi em 13 de fevereiro de 1937, no jornal The Times-Picayune, de Nova Orleans, numa distribuição da King Features Syndicate.


Desde então, Foster dedicaria toda a sua vida ao seu personagem, trabalhando incansavelmente semana após semana na concepção da saga do herói. Em 1971, devido a sua avançada idade e à trabalhosa tarefa na criação das pranchas de Príncipe Valente (que chegavam a levar 65 horas por semana para serem concluídas), Foster cedeu sua criação a John Cullen Murphy, passando apenas aos roteiros e a supervisionar os trabalhos deste. Harold Rudolph Foster faleceu em 25 de Julho de 1982.
O personagem conheceu um sucesso imediato em todo o mundo, tanto que vários filmes foram baseados nos quadradinhos! Os esplêndidos desenhos de “O Príncipe Valente” eram ambientados numa fantasia medieval dos tempos do Rei Artur. O traço fortemente realista evidenciava um gosto da parte do autor pela anatomia perfeita e para o cuidado na documentação histórica, o que lhe permitia uma reprodução fiel dos hábitos e cenários.

Foster inovou ao não usar os "balões" para o texto, que sempre aparece na parte de baixo dos quadrinhos. Os acontecimentos mostrados são historicamente precisos, mas de períodos históricos bem distintos que vão desde o antigo Império Romano à Alta Idade Média, com algumas poucas ambientações em tempos mais recentes.
No cinema o Príncipe Valente foi representado em dois filmes:
Prince Valiant - filme de 1954, dirigido por Henry Hathaway, com Robert Wagner como protagonista.
Prince Valiant - filme de 1997, dirigido por Anthony Hickox, com Stephen Moyer como protagonista 

Príncipe Valente de 1954, vivido por Robert Wagner
Foster desenhou sozinho até 1970, e foi sucedido pelos desenhistas J. Cullen Murphy, Gary Gianni e Mark Schultz.

Somente em 1971, depois de 1789 páginas, Foster decidiu abandonar a série e o seu personagem passou a ser realizado por John Cullen Murphy.
 O pai de “O Príncipe Valente” morrerá passado pouco tempo, em Spring Hill, a 25 de Julho de 1981.

John Cullen Murphy, o sucessor de Hal Foster

Tarzan no belo traço de Hal Foster
Príncipe Valente, sua obra maior

Hal Foster em sua prancheta de trabalho
O Fantasma Brasil trás um volume com as primeiras pranchas do Príncipe Valente no período inicial de sua saga quando Valente e sua família se estabelecem nos pântanos da Inglaterra.
Para poder apreciar este incrível material é só clicar no link, e boa leitura.





















3 comentários:

  1. Apesar de gostar muito do tema, a Idade Média e suas histórias fantásticas de cavaleiros e lutas de espada e lança, nunca fui muito chegado ao Principe Valente. Talvez pela falta dos balões. Acho que as histórias ficam meio paradas, sem dinamica. Pode ser pancada minha, mas é o que sinto. No entanto, sempre que surge a oportunidade, gosto de ler uma história do Principe Valente.
    Quanto a esta, eu, pessoalmente, gostaria mais se fosse a cores. No entanto, reconheço que desta forma se aprecia mais os desenhos em si.

    Obrigado amigo Sabino pela oportunidade de poder apreciar esta arte ilustrada.
    Bem haja.

    Luis

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  2. Olá Amigo Luis,
    Aprecio muito o Hal Foster como um grande ilustrador, excelente pesquisador histórico e um excelente conhecedor de anatomia humana.
    Mas com relação ao Prícipe Valente penso como você, não aprecio muito, porque como você citou a falta dos balões descaracteriza a obra dele como "quadrinhos", pois uma caracteristica marcante e indispensavel na banda desenhada é exatamente os balões e o Foster sempre utilizou as caixas de texto.
    Outra questão negativa é exatamente a falta de dinâmica e ação, justamente o contrário de Jack Kirby, as ilustrações de Kirby parecem saltar do papel.
    Mas, estas caracteristicas não tiram o mérito deste grande ilustrador.
    Obrigado pelo comentário e um grande abraço
    Sabino

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  3. Por favor, poderiam reparar o LINK?
    Grato!

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