Seria impossível se falar em clássicos dos Quadrinhos Mundiais sem citar o nome de um grande ilustrador americano e sua obra imortal.
Como todos já devem imaginar estamos falando de Hal Foster e sua obra maior: Príncipe Valente.
Mas, quem foi este grande mestre dos quadrinhos, e como se desenvolveu a trajetória de sua obra imortal?
Hal Foster trabalhando numa das páginas dominicais
As belas ilustrações de Tarzan feitas por Foster
Sete anos depois, em 1936, Foster começou a se cansar de ilustrar as histórias que lhe eram confiadas e sentir a necessidade de algo diferente: foi assim que em Fevereiro de 1937 veio à luz o seu “Príncipe Valente“.
A primeira aparição do Principe Valente foi em 13 de fevereiro de 1937, no jornal The Times-Picayune, de Nova Orleans, numa distribuição da King Features Syndicate.
Desde então, Foster dedicaria toda a sua vida ao seu personagem, trabalhando incansavelmente semana após semana na concepção da saga do herói. Em 1971, devido a sua avançada idade e à trabalhosa tarefa na criação das pranchas de Príncipe Valente (que chegavam a levar 65 horas por semana para serem concluídas), Foster cedeu sua criação a John Cullen Murphy, passando apenas aos roteiros e a supervisionar os trabalhos deste. Harold Rudolph Foster faleceu em 25 de Julho de 1982.
O personagem conheceu um sucesso imediato em todo o mundo, tanto que vários filmes foram baseados nos quadradinhos! Os esplêndidos desenhos de “O Príncipe Valente” eram ambientados numa fantasia medieval dos tempos do Rei Artur. O traço fortemente realista evidenciava um gosto da parte do autor pela anatomia perfeita e para o cuidado na documentação histórica, o que lhe permitia uma reprodução fiel dos hábitos e cenários.
Foster inovou ao não usar os "balões" para o texto, que sempre aparece na parte de baixo dos quadrinhos. Os acontecimentos mostrados são historicamente precisos, mas de períodos históricos bem distintos que vão desde o antigo Império Romano à Alta Idade Média, com algumas poucas ambientações em tempos mais recentes.
No cinema o Príncipe Valente foi representado em dois filmes:
Prince Valiant - filme de 1954, dirigido por Henry Hathaway, com Robert Wagner como protagonista.
Prince Valiant - filme de 1997, dirigido por Anthony Hickox, com Stephen Moyer como protagonista
Príncipe Valente de 1954, vivido por Robert Wagner
Foster desenhou sozinho até 1970, e foi sucedido pelos desenhistas J. Cullen Murphy, Gary Gianni e Mark Schultz.
Somente em 1971, depois de 1789 páginas, Foster decidiu abandonar a série e o seu personagem passou a ser realizado por John Cullen Murphy.
O pai de “O Príncipe Valente” morrerá passado pouco tempo, em Spring Hill, a 25 de Julho de 1981.
John Cullen Murphy, o sucessor de Hal Foster
Tarzan no belo traço de Hal Foster
Príncipe Valente, sua obra maior
Hal Foster em sua prancheta de trabalho
O Fantasma Brasil trás um volume com as primeiras pranchas do Príncipe Valente no período inicial de sua saga quando Valente e sua família se estabelecem nos pântanos da Inglaterra.
Para poder apreciar este incrível material é só clicar no link, e boa leitura.
Apesar de gostar muito do tema, a Idade Média e suas histórias fantásticas de cavaleiros e lutas de espada e lança, nunca fui muito chegado ao Principe Valente. Talvez pela falta dos balões. Acho que as histórias ficam meio paradas, sem dinamica. Pode ser pancada minha, mas é o que sinto. No entanto, sempre que surge a oportunidade, gosto de ler uma história do Principe Valente.
ResponderExcluirQuanto a esta, eu, pessoalmente, gostaria mais se fosse a cores. No entanto, reconheço que desta forma se aprecia mais os desenhos em si.
Obrigado amigo Sabino pela oportunidade de poder apreciar esta arte ilustrada.
Bem haja.
Luis
Olá Amigo Luis,
ResponderExcluirAprecio muito o Hal Foster como um grande ilustrador, excelente pesquisador histórico e um excelente conhecedor de anatomia humana.
Mas com relação ao Prícipe Valente penso como você, não aprecio muito, porque como você citou a falta dos balões descaracteriza a obra dele como "quadrinhos", pois uma caracteristica marcante e indispensavel na banda desenhada é exatamente os balões e o Foster sempre utilizou as caixas de texto.
Outra questão negativa é exatamente a falta de dinâmica e ação, justamente o contrário de Jack Kirby, as ilustrações de Kirby parecem saltar do papel.
Mas, estas caracteristicas não tiram o mérito deste grande ilustrador.
Obrigado pelo comentário e um grande abraço
Sabino
Por favor, poderiam reparar o LINK?
ResponderExcluirGrato!