sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

GRANDES HERÓIS DA VIDA REAL - 3

MARIA QUITÉRIA


“A PALADINA DA INDEPENDÊNCIA”

O Brasil acabara de proclamar sua independência, sob o governo do príncipe D. Pedro I, (1822). Mas em alguns pontos do país, como a Bahia, havia tropas militares e civis que insistiam em ser fiéis às ordens de Lisboa.
Nas ruas de Salvador, os soldados brasileiros trocavam socos  e pontapés com os soldados portugueses.
Foi por essa época que o comerciante português Gonçalo de Almeida recebeu para jantar em sua casa um viajante de ideias liberais que, entusiasmado, falava das lutas do povo em favor da liberdade.
Será que o velho Gonçalo não estaria interessado a se unir a eles?
O velho Gonçalo não, mas sua filha sentia no coração pulsar em seu peito... queria partir para a guerra , lutar ao lado dos patriotas! Afinal,, sabia atirar bem, sabia lidar com armas e nunca se interessará em fiar e bordar, tecer, costurar e cozinhar, essas coisas que os homens reservavam para as mulheres.
Insistiu com o pai pedindo sua permissão para alistar-se nas fileiras dos libertadores, mas não obteve seu consentimento.
A moça entretanto, não desistiu tão facilmente. Foi até a casa da irmã casada, que lhe emprestou as roupas do cunhado. no dia seguinte, parte com o pai para Cachoeira, Vila do  Recôncavo Baiano, onde D. Pedro I acabara de ser aclamado Regente e Defensor Perpétuo do Brasil.
Enquanto o pai tratava de negócios, a filha Quitéria de Jesus desapareceu. Alguns dias depois, Medeiros, um novo soldado, assentava praça no quartel

SOLDADO MEDEIROS


Maria Quitéria, o soldado Medeiros

Desconfiado das intenções da filha, Gonçalo pede ao comandante das tropas brasileiras que a localize. Mas entre seus colegas do batalhão de artilharia, seu disfarce ainda não fora descoberto.
Maria foi finalmente encontrada, e recusa-se terminantemente a abandonar as armas. Então, os milidares a transferem para a infantaria, após concluírem que “um fuzil é mais apropriado para uma mulher do que um canhão.” Feliz da vida, Maria entra no batalhão de caçadores chamados Voluntários do Príncipe D. Pedro, que ficaria conhecido como Periquitos, por causa da golas e punhos verdes da farda.
Durante as batalhas, todos observam a coragem do soldado Medeiros, invadindo trincheiras , fazendo prisioneiros, defendendo a terra onde nascera. Ninguém conseguia acreditar que aquele soldado tão bravo, que diariamente arriscava a vida num campo de batalha, fosse uma mulher!
Maria Quitéria de Jesus foi a primeira mulher engajada no exercito e que participou de combates em 1823.
Só 120 anos depois as mulheres começaram a ser admitidas no exercito, e para o corpo administrativo, e corpo médico.
        Como podemos observar apesar de terem passados mais de 100 nos a única mulher a participar de combates militares continua sendo Maria Quitéria de Jesus, realmente uma verdadeira:

 HEROÍNA DA VIDA REAL.

Maria Quitéria de Jesus, foi homenageada com uma grande estatua
 em praça publica






O RETORNO DO GAFANHOTO – 084


Clique na imagem para uma resolução maior.

Tradução e Diagramação: Glaucio

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