sexta-feira, 22 de junho de 2012

CURIOSIDADES SOBRE O FANTASMA


FANTASMA,  O FILME



Apesar de muitas tentativas que foram feitas ao longo de muitos anos, apenas uma vez um filme do Fantasma foi produzido especialmente para a tela grande dos cinemas.
 Em 1996, a Paramount Pictures liberou um grande orçamento para a produção de um filme chamado, simplesmente, "O Fantasma". Essa película foi estrelada por Billy Zane ( 24 de fevereiro de 1966) no papel de Fantasma, Kristy Swanson como Diana e Catherine Zeta Jones como Sala. O filme teve vários locais de filmagem como: Los Angeles, Tailândia e Queensland; dirigido pelo cineasta australiano Simon Wincer .

Cartaz do Filme: The Phantom de 1996


 Billy Zane foi escolhido para representar o Fantasma no cinema
Kristy Swanson que representou Diana Palmer

A belíssima Catherine Zeta Jones, representou a sensual vilã Sala




Essencialmente, o roteiro era uma mistura das histórias em quadrinhos de Lee Falk : A Irmandade dos Piratas Singh e os Piratas do Céu.
Embora grande parte da produção tenha sido divertida e Zane tenha se esforçado para reproduzir o caráter misterioso que o personagem do Fantasma exigia, e também o senso de humor astuto do herói, ele não conseguiu captar essa magia dada por Lee Falk e os “efeitos” cinematográficos deixaram a desejar, tudo isso sem falar nas mudanças feitas no uniforme do Fantasma (e os fãs mais ardorosos que abominaram dos olhos do Fantasma aparecerem atrás de sua máscara, e do rosto do Fantasma ser exposto sem mascara por varias vezes no filme), a história dos piratas Singh (rebatizados de "Sengh" no filme); os leais pigmeus da tribo Bandar  que não aparecem no filme, (Guran foi substituído por um moleque bem vestido de aparência oriental) .

A caveira estilizada no uniforme do Fantasma uma invenção de Hollywood

Os olhos do Fantasma aparecendo atrás da mascara, fato que desagradou os fãs.


O rosto do Fantasma exposto sem a mascara por varias vezes no filme, e a figura de Guran trocada por um garoto com trajes orientais não tendo nada com a concepção de Lee Falk; além da falta dos pigmeus.

Grande parte da produção respeitou razoavelmente e se manteve próximo de concepção de Lee Falk, para representar Capeto foi utilizado um lobo de verdade e muitas das cenas de selva eram de primeira classe.
No entanto, Jeffrey Boam, o roteirista de Hollywood e os produtores norte-americanos, acrescentaram muitos truques que eram claramente para efeitos extras na tela grande e não tinham nenhuma ligação a qualquer das histórias de Lee Falk, ali colocados com a finalidade de deixar o filme fosse mais comercial.

Os” truques” extras de Hollywood que nada tinham a ver com a mitologia do Fantasma, apenas para tornar o filme mais comercial.

Lee Falk foi consultado por Wincer e Boam e teve várias reuniões com os principais envolvidos, mas não tinha nada a ver com o roteiro. Sendo um cavalheiro, Lee Falk preferiu ficar de fora, ele que fazia parte do setor de produções teatrais que tinha sido o seu forte por muitos anos.
O diretor Simon Wincer se esforçou atuando na sua área da qual dominava bem, mas os roteiristas e produtores fizeram muitas exigências que dificultaram seu trabalho. Se Lee Falk ficou desapontado com o filme, ele nunca demonstrou; o mestre e criador de quadrinhos foi em todos os momentos sinceros em suas considerações.
O filme arrecadou bem nas bilheterias australianas (atingindo a cifra de US $ 8 milhões) e demorou um bom tempo para ser lançado em fitas de vídeo / DVD, mas não conseguiu bilheterias expressivas em outros lugares no mundo. O filme continuou a ser muito popular com grandes audiências na televisão australiana e foi programado pelo menos 20 vezes para exibição na TV a cabo.
O Fantasma e Diana numa cena do filme.

De cima para baixo e da esquerda para direita: Fantasma com Diana, Fantasma e a bela vilã Sala, O Sr. Walker (o Fantasma) ameaçado pelos capangas Singh, e o Fantasma com Diana e Sala.

Somente depois de muito tempo o filme do Fantasma foi lançado em vídeo e DVD.

É pouco conhecido que a Marvel que publicou a minissérie em quatro edições do Fantasma 2040 em quadrinhos, era a detentora dos direitos para produzir uma adaptação para os quadrinhos baseada no filme do Fantasma de 1996.
Essa edição nunca foi iniciada, e muito menos publicada, porque bem antes do filme ser lançado nos Estados Unidos em junho de 1996, as organizações Marvel estavam numa grave recessão . Funcionários da empresa foram demitidos houve uma reestruturação e muitos projetos foram engavetados; a quadrinização do filme do Fantasma foi um destes projetos cancelados.

Que uma adaptação em quadrinhos do filme do Fantasma teria tido sucesso internacional é uma certeza. O que chegou a ser feito para fins promorcionais dp filme foi a publicação de uma revista tradicional (pela empresa Trielle), contendo fotos e textos sobre a produção do filme; e um livro de bolso escrito por Rob Mcgregor baseado no roteiro de Jeffrey Boam e publicado pela editora Avon.


Revista publicado pela Trielle com textos e fotos do filme usada na divulgação do filme.



 Capa do livro de bolso da editora Avon com a adaptação do filme de 1996.


A possibilidade de uma sequencia do filme dependerá inteiramente  do sucesso continuo do Fantasma nas  tiras diárias nos jornais e das revistas em quadrinhos, além da situação da economia internacional.
Um número grande de possibilidades de um segundo filme surgiram desde o lançamento mundial do filme com Billy Zane em 1996, mas até Junho de 2012, ainda não há sinais de qualquer coisa definitiva!
 Billy Zane com Lee Falk, num momento de descontração.
Lee Falk e sua criação o Fantasma na pele de Billy Zane

Enquanto o filme de Billy Zane é considerado como o primeiro filme do Fantasma feito para o cinema, surgiram pelo menos três filmes não autorizados do Fantasma, que foram filmados em outros países: um deles a Turquia, onde o personagem Fantasma nunca teve grande expressão!
Dois foram feitos em 1968 e foram ambos intitulados Kizil Maske (o nome turco para O Fantasma com o significado: O Máscara Vermelha). Um terceiro chamado: A Vingança do Fantasma, foi realizado em 1971.

Filme não autorizado de Fantasma, (conhecido na Turquia como Kizil Maske) de 1968.

Embora se saiba que todos os três filmes foram finalizados, nenhum deles foi comercializado.
É amplamente conhecido que outros filmes não autorizados foram rodados na Espanha e na Itália, mas apenas um pequeno trailer da produção italiana foi exibido.
A nós fãs do “Espirito que Anda”, nos resta a esperança de que algum diretor sério, se interesse em produzir um bom filme do Fantasma, respeitando os conceitos originais de Lee Falk; e as grandes produções complexas realizadas do heróis da Marvel e DC Comics são a prova de que isto é possível.

Então até o nosso próximo encontro para conhecermos outras curiosidades sobre o Fantasma.
Bom fim de semana  e um abraço a todos.
Sabino

Fivéla do Cinturão do Fantasma no filme de 1996













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